
Você já sentiu que está repetindo padrões emocionais mesmo quando sabe o que deveria fazer diferente? Ou que seu corpo carrega uma ansiedade que não tem explicação racional? Esses sentimentos não surgem do nada — muitas vezes, são sinais de que há registros emocionais guardados em áreas do cérebro que a conversa consciente não alcança.
Foi por isso que me encantei com o Brainspotting, uma abordagem terapêutica que utiliza o campo visual para acessar memórias e sensações profundas, muitas vezes ligadas a traumas silenciosos, dores do passado ou situações que deixaram marcas sem que a gente percebesse.
Desde que comecei a aplicar essa técnica, percebi como ela se conecta com questões que afetam principalmente as mulheres que atendo. Muitas delas chegam com sintomas atuais — ansiedade, compulsão alimentar, sensação de vazio, dificuldade em impor limites — mas, ao longo das sessões, descobrimos que há raízes muito mais antigas por trás.
Quais temas podem ser tratados com o Brainspotting?
Separei abaixo algumas das situações mais comuns que podem ser cuidadas com essa abordagem. Todas elas têm algo em comum: um sofrimento emocional que não foi completamente processado, e que o corpo ainda carrega.
1. Traumas de infância silenciosos
Nem todo trauma é grito. Às vezes, é a ausência: de afeto, de acolhimento, de alguém que enxergasse sua dor.
O Brainspotting ajuda a acessar essas experiências que o corpo não esqueceu, mesmo quando a mente não lembra.
2. Dificuldade de impor limites e se priorizar
Você diz “sim” quando quer dizer “não”, sente culpa por se colocar em primeiro lugar e vive sobrecarregada emocionalmente.
Com o Brainspotting, é possível identificar de onde vem esse padrão e reprogramar esse comportamento com segurança.
3. Repetição de relações tóxicas ou desvalorização
Se apegar a quem não te escolhe. Se esforçar para ser vista. Aceitar migalhas emocionais por medo de ficar só.
Essa repetição tem uma origem emocional profunda que pode ser acessada com precisão pelo Brainspotting.
4. Ansiedade crônica, corpo em alerta e mente agitada
Quando parece impossível relaxar — até nas horas de descanso. A insônia, o aperto no peito, o medo constante do pior.
Ao encontrar o ponto ocular que acessa esse estado, o Brainspotting facilita a regulação do sistema nervoso.
5. Compulsão alimentar, culpa e desconexão com o corpo
Muitas mulheres comem para anestesiar sentimentos. Depois vem a culpa, o arrependimento, e o ciclo se repete.
O Brainspotting permite que a raiz emocional por trás da compulsão seja acessada com delicadeza e ressignificada.
6. Vergonha, sensação de não pertencimento e autocrítica
Aquela voz interna que diz: “Você não é boa o bastante.” Uma sensação constante de inadequação, mesmo que tudo fora pareça bem.
Esse tipo de dor costuma ter origem em experiências precoces, e o Brainspotting acessa esses registros com profundidade.
7. Tristeza sem explicação, apatia e cansaço emocional
Você sente que não é mais a mesma, mas não sabe exatamente o que perdeu.
Com o Brainspotting, podemos acessar emoções reprimidas, traumas congelados e restaurar o contato com sua essência.
Além desses temas, o Brainspotting também tem se mostrado altamente eficaz em questões como insônia persistente, síndrome da impostora, baixa autoestima, medo de errar, bloqueios criativos e até mesmo preparação emocional para cirurgias, provas e exposições públicas. São vivências que mexem profundamente com o corpo e o sistema emocional — e que, aos poucos, vamos abordar aqui no blog com mais profundidade.
Por que essa abordagem funciona?
Porque ela respeita o tempo do corpo, trabalha com a neurofisiologia e não exige que você “explique” racionalmente o que sente. Ela permite que o seu cérebro processe, de forma profunda e gentil, o que estava preso — para que a dor deixe de ser um peso e passe a ser apenas uma lembrança, sem mais te ferir.
Se você se identificou com algum desses temas e sente que está pronta para dar um passo diferente no seu processo de cura, estou aqui para te acolher.
Com gentileza e ciência, podemos encontrar juntas esse caminho de reconexão com você mesma.